quinta-feira, 26 de agosto de 2010

FELICIDADE ALHEIA


Cara, a exatos 05 minutos (ou menos sei lá), acabei de passar por uma situação de felicidade alheia...
Eu nao tava nem com noção disso, mas acabou de sair o resultado da UnB e entrava na biblioteca no exato instante que um grupo de amigos descobriram que passaram pra UnB.
Alias, escutos os berros ate agora aqui de dentro.
Eu batalhando para sair e eles em extase querendo entrar.
Não sei, só fiquei feliz em ver a cena que acabei de ver (o menino quase pulou naquele laguinho poluido entre a biblioteca e o museu, rs). A menina sem reação telefonando para a mãe incredula, a menina praticamente trepando no amigo de felicidades...
Fico imaginando como deve ta a zorra na UnB neste momento, rs.
Nosso patamar hj é outro, mas é legal ver isso...

UnB tem dia movimentado com estudantes aglomerados à espera do resultado
Publicação: 26/08/2010 07:20 Atualização: 26/08/2010 09:34
CORREIO BRAZILIENSE

A Universidade de Brasília (UnB) divulgou na tarde de ontem os nomes dos alunos aprovados no segundo vestibular de 2010. Foram ao todo 20.828 estudantes disputando as 3.958 vagas dos quatro câmpus da instituição de ensino — a média da demanda do processo seletivo foi de 5,26 candidatos por vaga. Embora concorrida, a prova atraiu menos interessados que o vestibular do segundo semestre de 2009: foram 24.024 candidatos no ano passado. Como nos anos anteriores, os primeiros colocados prestavam vestibular para medicina, o curso com a maior concorrência: são mais de 84 candidatos por vaga.


A partir das 14h, aspirantes a uma vaga na UnB e seus familiares começavam a se reunir no Teatro de Arena para aguardar o horário em que seria liberado o acesso aos dois painéis com os nomes dos mais novos universitários. Indiferente à bagunça, Maria Dalva Carvalho, 75 anos, esperava tranquilamente a liberação do cordão de isolamento para conferir o resultado dos esforços do neto Pedro Henrique, que prestou vestibular para administração. “Ele não queria que eu viesse, mas vó é vó. Para eles que são jovens é bom, mas eu não gostaria de ver meu neto aqui”, disse a aposentada, que se aventurou na festa dos calouros por temer que o resultado pela internet demorasse a sair.


Até as 17h, uma multidão entoava gritos de guerra e pressionava os vestibulandos ao exibir o arsenal formado por ovos, tinta e farinha. A munição foi pelos ares assim que os primeiros candidatos arriscavam descer os degraus para descobrir se haviam se tornado universitários ou se teriam de encarar mais seis meses de estudo. Em pouco tempo, os gritos e o barulho dos tambores se misturaram à choradeira e aos berros dos aprovados, que tentavam, por telefone, contar aos familiares a vitória.


Em prantos, Verônica Carvalho, 18 anos, tentava se convencer de que o estudo finalmente dera frutos. “Estou tremendo, estou muito nervosa. Está passando um monte de coisa pela minha cabeça, eu não sei, estou voando”, emocionou-se a nova aluna de pedagogia. Aos poucos, novos calouros da UnB passaram a se destacar também pelo resultado do ritual de boas-vindas dos veteranos. Nara Cunha aceitava com um sorriso o banho de tinta que recebia dos novos colegas do curso de arquitetura, o segundo em que é aprovada na universidade. Depois de frequentar um ano de história, ela decidiu passar pelo processo seletivo mais três vezes, até ser aprovada novamente no vestibular. “Muito melhor é a segunda vez. Agora eu tenho certeza que é isso que eu quero”, garante.


Entre os jovens frenéticos, destacava-se Albésio Luis Vieira, de 45 anos. Há 25 anos afastado da UnB, o analista de sistemas resolveu retornar à rotina de estudos depois de acompanhar a filha no registro no curso de farmácia, no início deste ano. “Foi uma satisfação, é um sonho voltar à UnB porque quando eu me casei tive de abandonar a universidade e me formar em outra faculdade”, conta o calouro do curso de computação, que revela não ter precisado estudar muito para relembrar a matéria do tempo de colégio.Fim de festa


Mas os verdadeiros astros do dia não se encontravam em lugar nenhum: os primeiros colocados no vestibular somente comparecerem no fim da festa, quando os veteranos haviam gasto o estoque de ovos. Nelson Isamo, 20 anos, preferiu ver em casa o resultado da prova, após dois anos e meio se preparando para iniciar seus estudos a fim de se tornar um médico. Foram ao todo seis provas, além da primeira tentativa para o curso de física. “É muito gratificante, eu cheguei perto nas últimas vezes, achei até que tinha uma maldição. Agora foi com tudo”, alegra-se. A colocação foi uma surpresa para o estudante, que admite não seguir uma rotina de estudos tão rígida como a dos colegas, mesmo depois de concluir o ensino médio sem muito esforço. “Nunca tive o hábito de estudar quando estava no colégio, mas sempre tirei notas boas. Eu via gente que estudava alucinadamente, mas ficava tranquilo”, conta o futuro neurologista, para quem a chave para o sucesso é o interesse pelo conhecimento, e não o estudo por obrigação.


Guilherme Carvalho nem concluiu o ensino médio no Colégio Militar de Brasília e já está pronto para se matricular em medicina. O terceiro colocado no segundo vestibular de 2010 enfrentou ainda uma dúvida sobre que curso escolheria, mas se optou pela carreira de médico depois de uma conversa com um profissional da área. “Eu esperava um resultado favorável porque minha colocação foi muito boa. Fui perguntando a colegas e professores, então estava confiável.” Felipe Pereira, que conquistou o segundo lugar, irá abrir mão de sua vaga para outro estudante na segunda chamada. O objetivo do vestibulando é, na verdade, ingressar no curso de engenharia eletrônica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP) em dezembro, para no futuro poder trabalhar no Laboratório Europeu de Física das Partículas Cern, na Suíça. “Eu tive várias aprovações, menos a que eu quero”, lamenta.

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