segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

COMO CONHECI A ARGENTINA (SEM TER ESTADO LÁ)...

Esta história já é de conhecimento de alguns (clássico do RU), mas mesmo assim vou contá-la aqui e agora. Agora com fotos!!!

PRAIA DE CANASVIEIRAS - FLORIANÓPOLIS

Sempre que eu ia a praia, antes de entrar no mar fazia minha caminhada de uma ponta a outra. Assim eu aquecia o corpo, conhecia o lugar, alem de me exercitar. Antes de entrar no mar me recompunha e só após eu tomava banho. Mas certo dia, quando eu chegava próximo a esquina que dava acesso ao apartamento onde estava hospedado, passa por mim uma garota muito linda (realmente linda diga-se de passagem). Aproveitando que eu tinha que descansar antes de entrar na água, passei a prestar atenção naquela morena.

Ela deveria ter 1.70 de altura, um corpo escultural, a tal ponto que parecia que o biquini havia sido feito sob medida para o corpo dela, tamanha a perfeição. Fazia o estilo falsa magra, cabelos curtos, olhos e cabelos castanhos (é incrível prestar a atenção em tantos detalhes em tão poucos minutos) e um "cigarro" na mão...

Parei ali, adimrando aquela "paisagem". Ela deixou sua toalha na areia e foi ao mar banhar-se. Plasticamente aquilo era lindo. Ela foi entrando lentamente na água sentindo sua temperatura. De início pensava que era porque ela queria terminar o cigarro para só então banhar-se. A água parecia se deliciar-se com aquilo, pois estava calmo, parecia abraçá-la. Ondas leves vinham contra seu corpo, ela recebia com um leve susto cada impacto que vinha sobre ela. Me fazia lembrar um velho comercial do coscarque de muito tempo atrás, onde uma garota passeia na praia nublada, e uma voz de fundo cheia de inveja falava, como uma garota como aquela, poderia ser tão magra, "sópoderia ser magra de ruim" (no fim do comercial como não poderia deixar de ser, era revelado o "real" motivo do por quê, vocês lembram???).

Vinha um cheiro forte de uma coisa que até então não havia sentindo depois de haver chegado em Florianópolis: maconha! Enquanto ela "viajava" dentro da água com seu baseado na mão, eu "viajava" contemplando tamanha beleza (só para constar o cheiro era sentido a distância).

Após alguns minutos, ela se agachou para poder sentir melhor as ondas que vinham até ela, foi quando eu saquei minha máquina fotográfica para poder registrar aquilo. Ela linda, deslizava na água, sumia por entre elas, deixava a onda lhe guiar. Ela fazia tudo sem se importar com o mundo, o mundo só era ela e ela e mais ninguém apartir daquele momento. Tinha horas que me dava agonia ver aquilo, pois pensava que a garota fosse se afogar. Eu queria registrar aqueles momentos pois parecia cenas de filme. De tanto esperar acabei tirando uma foto no momento em que me deu na telha, pois ela dava sinal de que já estava voltando a areia.

Fiquei então pensando, que era invasão de privacidade fazer aquilo, sem permissão dela, então tomei coragem e decidi que quando ela retornasse eu iria até ela para informar-lhe sobre as fotos. E assim foi feito. Em poucos minutos, como Bond Girl saindo do seu banho de praia, ela retorna até sua toalha. E logo eu fui atrás para interceptá-la.

Digamos que foi muito surreal o que aconteceu a seguir... Tentarei narrar como é que foi o papo (se é que é possível):

- Me desculpe atrapalhar, mas estava sentado vendo você, não resisti e tirei algumas fotos. Gostaria de saber como é que eu faço para te mandar as fotos.(desculpe, mas foi foda! Eu não faria isto se estivesse em Brasília, e modéstia a parte, foi uma boa cantada)
No qual ela respondeu (traduzido afinal eu não entendi nada do que ela falou):
- Desculpe, mas eu não entendi nada do estás falando, não compreendo... (a única coisa que entendi até então)
- É que tirei umas fotos suas, e gostaria de te enviá-las depois.
-Não estou entendo nada, desculpe.
- Desculpe, qual é seu nome?
- Noeli (mas entendia-se noel, devido a lingua enrolada no final da sílaba). Tú é de onde?
- Brasília, capital. Você conhece?
- Não.
Foi então que tirei a máquina da mochila que eu carregava e mostrei pra ela.
- Noeli,Eu tirei uma foto sua e queria te mostrar (nesta hora já estava quase soletrando).
Ela parecia um índio e eu um português, tentando se comunicar.
- Então me mostre?
- Não dá, pois minha máquina não é digital.
- Pois bien. Muchas gracias.

Notando que ela estava me tirando na alta, saí de lá. Ela ainda acenou para mim, virei de costas e prossegui para o meu banho...

A FOTO QUE MOTIVOU TODA ESTA HISTÓRIA

Este final está muito Charlie Brown ( o desenho, não a banda), mas foi o que aconteceu...

FLORIANÓPOLIS - JULHO DE 2006

Um comentário:

Conde, o Eu disse...

Ouvi inteira essa história no trajeto UnB-Recanto, aos risos!!!!