sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

UM SONHO DE INFÂNCIA - 1° PARTE

1° PARTE – UM SONHO DE INFÂNCIA


Meu sonho de infância era ir a um estádio de futebol e assistir a um jogo do meu time de coração, o Vasco da Gama. Mas por causa da violência nos estádios e de outros fatores (extra-campo), nunca esta possibilidade pode ser concretizada. O Vasco da Gama é meu time de coração desde pequeno. Lembro-me de quando criança chegar à casa de um tio e a primeira coisa que se deparava ao passar a porta que dava acesso à sala era com o pôster gigante de Placar do Vasco campeão carioca de 1988, ainda com Romário. Aquela imagem ainda é muito forte em mim, pois inconscientemente me motivou a torcer pelo time da colina. Mas foi somente em 1992 que comecei a acompanhar os jogos com fanatismo. Neste período, como bom torcedor sofri e fui feliz com meu time, daqueles fiéis de ouvir jogos pelo rádio e pela TV ao mesmo tempo. Assim foi até a final do Campeonato Brasileiro de 2000, quando ouve “o desastre de São Januário”. Aquilo, de certa forma, me desmotivou a continuar acompanhar o time regularmente como fazia então.


POSTER DO VASCO CAMPEÃO CARIOCA DE 1988


O tempo foi passando e como a vida traz muitas surpresas, ela me proporcionou ir a Belo Horizonte para apresentação de um trabalho e por coincidência no mesmo fim de semana em que haveria um jogo do Vasco contra o Cruzeiro no Mineirão. Será que seria desta vez que eu realizaria este sonho? Fiquei imaginando isto desde que soube das coincidências de datas. Iria a um jogo do Vasco que estava em boa fase, com uma possível chance de classificação para a taça libertadores da América e ainda mais no estádio do Mineirão. Não veria mais o jogo pela TV, mas sim “in loco”.

Chegando a Minas fiz questão de adiantar todo o trabalho que por lá iria realizar (afinal aquele foi meu passaporte mineiro) e assim não atrapalhar minha ida ao jogo na tarde de domingo. Na noite de sábado fui a uma roda de samba onde encontrei um grupo de pessoal do Rio de janeiro e da Bahia. Entre elas uma garota (também vascaína) que me avisou como eram os jogos do Vasco da Gama no Rio de Janeiro, o que a deixava meio apreensiva em ir ao jogo no dia seguinte, mas falou que se quisesse ela lhe faria companhia. Aceitei é claro e com ela (como com todo o grupo de Brasília, Bahia e Rio) aproveitei a roda de samba até perto de amanhecer, pois ainda naquela manhã apresentaria meu trabalho.


COM AS CARIOCAS DA ENFERMAGEM QUE ME ACOMPANHARAM A RODA DE SAMBA

Depois de apresentado meu trabalho, sem muitas confusões, almocei com o pessoal que havíamos saído na noite anterior e combinamos de nos encontrar às 15:00 para irmos ao Mineirão o que fiz prontamente. Já passava das 15 horas quando escutei de alguém que estava esperando para ir ao Mineirão comigo que não iria mais porque queria descansar da noite anterior mal dormida. Faltavam menos de 01 hora para começar o jogo. Na correria fui em direção a parada de ônibus mais próxima para encontrar o resto do pessoal e chegando lá não encontrei mais ninguém. Olhei para o relógio eram 15:15. Foi quando tomei noção de algo: Lembrei-me que não tinha a menor idéia de como chegar ao Mineirão, o preço da passagem de ônibus, qual era a linha, nem ao menos a parada do tal ônibus que devia estar.

ALMOÇO ENTRE CARIOCAS, BAIANOS E BRASILIENSES

E assim começou minha peregrinação pelas ruas de Belo Horizonte atrás de informações que fossem precisas e de pessoas certas (digo que não fossem os atleticanos, para não haver “represálias”) que me dessem estas informações.

CONTINUA...

Um comentário:

Arthur Ferreira disse...

Boa,Rogério!
Eu vou fazer 2 posts sobre o vasco 88 e botafogo 89 aguarde!