sábado, 28 de fevereiro de 2009

EM BUSCA DE UM DESTINO - 2° parte


2° parte EM BUSCA DE UM DESTINO

A TRINCA MINEIRINHO, MINEIRÃO, LAGOA DA PAMPULHA

Como não tinha noção nenhuma de qual ônibus pegar para chegar ao estádio do Mineirão. Passei a perguntar para todas as pessoas que encontrava na rua onde poderia pegar um ônibus para chegar a Pampulha. Diga-se de passagem, era muito perigoso falar que iria ao jogo do Cruzeiro sabendo da rivalidade com que há com o Atlético Mineiro, nunca se sabe as conseqüências que pode haver cometendo este engano de perguntar isto a um torcedor do galo.

Quando eu chegava a uma parada me indicavam a outra e vice-versa. Até para um vendedor de churrasquinho perguntei onde eu deveria seguir. Foi ele que me informou que eu deveria ir para a esquina da Avenida Rio Grande do Sul com a Olegário qualquer coisa (esqueci o nome, heheh). Mesmo agradecendo sua informação segui a procura de uma parada de ônibus que fosse mais próxima, pois a outra, além de ser distante eu não sabia como chegar lá. E lá fui eu subindo e descendo ladeira, de parada em parada, com informações mais desencontradas ainda.

Depois de passar por duas vezes por um balão (conhecido em Minas como giratório) que dava sentido para tudo que era lugar cheguei a mais uma parada de ônibus onde um senhor já de idade me informou, depois de querer saber se eu queria ir ao jogo do Cruzeiro (no qual lhe respondi que meu destino era a Pampulha), que dali a duas esquinas tinha um ponto de ônibus onde saiam torcedores para o estádio. Sabe onde é que ficava: na Avenida Rio Grande do Sul com a Olegário... Deixa pra lá. Andei tanto que o lugar que eu achava longe já estava próximo de mim. Olhei novamente as horas, eram 15:29.

Praticamente meia hora para começar o jogo e ainda nem no caminho para a partida eu estava. Para não ser mais desobediente fui até essa “famosa” Avenida. E agora além de me preocupar em não chamar a atenção dos torcedores do Atlético Mineiro, pois estava indo ao jogo do Cruzeiro, tinha que me preocupar agora em não chamar a atenção dos torcedores do Cruzeiro, já que sou vascaíno. E para completar as coisas estava com uma camisa preta, mais identificável com o galo, assim como o Vasco da Gama, do que com a raposa. Mas fui salvo por um detalhe: era minha camisa preta do Homem-Aranha. Por ironia do destino eu fui salvo literalmente pelo Homem-Aranha (Dá-lhe Aranha!!!). Que situação!!!

Segui o caminho para a Avenida Rio Grande do Sul e na medida em que eu ia chegando, as ruas iam ficando vazias, as lojas todas de portas fechadas, e as polícias em seus cavalos tomando conta de tudo em volta do quarteirão. Quando eu cheguei à avenida vi o “famoso” cruzamento das esquinas, os ônibus estacionados, a policia revistando quem quisesse entrar no ônibus. Todos com suas camisas azuis e eu com minha camisa preta.

Vendo que a situação poderia ficar “preta” para mim, dei meia volta e voltei pondo tudo a perder. Foi quando vi um senhor com seu filho que aparentava ter 12 anos e com seu radinho de pilha a tira-colo, indo em direção do ônibus. Não pensei duas vezes, voltei novamente para meu destino.
Quando cheguei ao ônibus escuto de um policial para o motorista que o ônibus anterior havia sido apedrejado e que no Mineirão as coisas também não estavam lá muito boas e que era para ele tomar cuidado no trajeto. Quando a noticia ficou de conhecimento de todos no ônibus foi a maior algazarra. O que mais se comentavam é que se ocorressem chuvas de pedras ou o ônibus fosse pego de emboscada era para todo mundo sair batendo no primeiro que visse pela frente, pois eles também não perdoariam quem saísse do ônibus. Disso começaram a narrar historias de incidentes entre torcedores de Cruzeiro e Atlético em partidas anteriores.

Mas por sorte não aconteceu nada do que previam e chegamos ao Mineirão ás 15:57.

ESTÁDIO DO MINEIRÃO ÁS 15:58

CONTINUA

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

UM SONHO DE INFÂNCIA - 1° PARTE

1° PARTE – UM SONHO DE INFÂNCIA


Meu sonho de infância era ir a um estádio de futebol e assistir a um jogo do meu time de coração, o Vasco da Gama. Mas por causa da violência nos estádios e de outros fatores (extra-campo), nunca esta possibilidade pode ser concretizada. O Vasco da Gama é meu time de coração desde pequeno. Lembro-me de quando criança chegar à casa de um tio e a primeira coisa que se deparava ao passar a porta que dava acesso à sala era com o pôster gigante de Placar do Vasco campeão carioca de 1988, ainda com Romário. Aquela imagem ainda é muito forte em mim, pois inconscientemente me motivou a torcer pelo time da colina. Mas foi somente em 1992 que comecei a acompanhar os jogos com fanatismo. Neste período, como bom torcedor sofri e fui feliz com meu time, daqueles fiéis de ouvir jogos pelo rádio e pela TV ao mesmo tempo. Assim foi até a final do Campeonato Brasileiro de 2000, quando ouve “o desastre de São Januário”. Aquilo, de certa forma, me desmotivou a continuar acompanhar o time regularmente como fazia então.


POSTER DO VASCO CAMPEÃO CARIOCA DE 1988


O tempo foi passando e como a vida traz muitas surpresas, ela me proporcionou ir a Belo Horizonte para apresentação de um trabalho e por coincidência no mesmo fim de semana em que haveria um jogo do Vasco contra o Cruzeiro no Mineirão. Será que seria desta vez que eu realizaria este sonho? Fiquei imaginando isto desde que soube das coincidências de datas. Iria a um jogo do Vasco que estava em boa fase, com uma possível chance de classificação para a taça libertadores da América e ainda mais no estádio do Mineirão. Não veria mais o jogo pela TV, mas sim “in loco”.

Chegando a Minas fiz questão de adiantar todo o trabalho que por lá iria realizar (afinal aquele foi meu passaporte mineiro) e assim não atrapalhar minha ida ao jogo na tarde de domingo. Na noite de sábado fui a uma roda de samba onde encontrei um grupo de pessoal do Rio de janeiro e da Bahia. Entre elas uma garota (também vascaína) que me avisou como eram os jogos do Vasco da Gama no Rio de Janeiro, o que a deixava meio apreensiva em ir ao jogo no dia seguinte, mas falou que se quisesse ela lhe faria companhia. Aceitei é claro e com ela (como com todo o grupo de Brasília, Bahia e Rio) aproveitei a roda de samba até perto de amanhecer, pois ainda naquela manhã apresentaria meu trabalho.


COM AS CARIOCAS DA ENFERMAGEM QUE ME ACOMPANHARAM A RODA DE SAMBA

Depois de apresentado meu trabalho, sem muitas confusões, almocei com o pessoal que havíamos saído na noite anterior e combinamos de nos encontrar às 15:00 para irmos ao Mineirão o que fiz prontamente. Já passava das 15 horas quando escutei de alguém que estava esperando para ir ao Mineirão comigo que não iria mais porque queria descansar da noite anterior mal dormida. Faltavam menos de 01 hora para começar o jogo. Na correria fui em direção a parada de ônibus mais próxima para encontrar o resto do pessoal e chegando lá não encontrei mais ninguém. Olhei para o relógio eram 15:15. Foi quando tomei noção de algo: Lembrei-me que não tinha a menor idéia de como chegar ao Mineirão, o preço da passagem de ônibus, qual era a linha, nem ao menos a parada do tal ônibus que devia estar.

ALMOÇO ENTRE CARIOCAS, BAIANOS E BRASILIENSES

E assim começou minha peregrinação pelas ruas de Belo Horizonte atrás de informações que fossem precisas e de pessoas certas (digo que não fossem os atleticanos, para não haver “represálias”) que me dessem estas informações.

CONTINUA...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

WHO'S THAT GIRL OU QUEM SERÁ ESTA GAROTA?

Ou como conheci a "Lua" no lual

Em Minas Gerais conheci várias pessoas, e destas pessoas, conheci várias garotas. E dentre elas conheci uma garota especial em um momento muito especial, um lual. Seu nome: Luciana, catarinense de Itajaí, mas que preferia ser chamada de "Lua" (sabe-se lá porque ela não gostava de seu nome e preferia ser chamada assim). Durante o lual eu havia combinado em acompanha-la a um show de rock que haveria lá perto, mas que nem eu, muito menos ela sabia onde era.

O famoso lual no alojamento do Mineirinho (as luzes eram dos flashs das máquinas fotográficas)

Mas como tudo que é bom acaba rápido, na manhã seguinte o gerente do alojamento do mineirinho (onde estávamos hospedados) anunciou de um jeito muito animador qual deveria ser a programação daquela noite no qual tínhamos duas saídas para aquela noite: - Ficar e ouvir o show de Alexandre Pires (já que os quartos ficavam "embaixo do palco"literalmente"), ou procuraria outro lugar para ir. Topei a segunda alternativa.

No fim das contas nos desencontramos e acabei indo para a festa do congresso de psicologia com o pessoal de Brasília. Na festa do congresso, durante uma das muitas rodas de samba que fui em Minas, encontrei com uma garota muito familiar e pensei comigo: - Ela havia me dito que não viria a esta festa. E fui então até ela pra conversar. No pique que eu estava fui sambando e ela veio em minha direção com uma amiga ao seu lado. Foi quando eu a puxei e no impulso ela veio aos meus braços. No instinto nos beijamos. Só que sua amiga a puxou pelo braço e saiu levando-a enquanto eu segui meu caminho. Não a vi mais naquela noite.

Rogério e Luciana "Lua"(de vestido azul) na lagoa da Pampulha

No fim de tarde seguinte, a vi depois do jogo entre Cruzeiro e Brasiliense e descobri que ela também havia ido ao Mineirão (até zombou pelo fato do time de Brasília ter perdido), mas que tínhamos nos desencontrado. Conversamos sobre muitas coisas e nada de ela citar o que havia acontecido na noite anterior, então eu fiquei na minha e passado algum tempo fui dormir. No dia seguinte, passeando pela lagoa da pampulha, lhe perguntei como quem não quer nada, o que ela tinha achado da festa do congresso dias atrás. E ela respondeu que nada, pois ela não tinha ido. Fiquei intrigado com a resposta e comecei a pensar:

Se ela não foi à festa, quem foi a garota que eu beijei naquela noite?

Belo Horizonte, novembro de 2005

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A MINHA PRIMEIRA APRESENTAÇÃO DE TRABALHO

A PRIMEIRA APRESENTAÇÃO DE UM TRABALHO FEITO POR ESTUDANTES DO AFROATITUDE BRASIL EM CONGRESSOS

O grupo representado por Bruno Barbosa, Gabriela Carvalho e Rogerio Furtado Magalhaes, coordenadas pelas professoras Ana Galinkin e Eliane Seidl, vão representar a UnB no Congresso da ABRAPSO (Associacao Brasileira de Psicologia Social), entre os dias 11 a 15 de novembro na UFMG em Minas Gerais. Eles vão apresentar os resultados parciais de sua pesquisa sobre "Representacoes Sociais Sobre AIDS Entre Universitários" realizado com os estudantes da Universidade de Brasilia, no primeiro semestre deste ano. Este trabalho, desenvolvido pelo projeto AFROATITUDE, tem como objetivo saber a opniao dos alunos da universidade sobre o tema AIDS, sobre as pessoas soropositivas, o uso de preservativos, assim como identificar as praticas preventivas adotadas em relacao a AIDS. Esta será mais uma oportunidade de divulgação do projeto AFROATITUDE, além de chamar a atenção de todos para os resultados da pesquisa e da importancia de uma maior conscientização acerca do tema AIDS.

Autor: Mário Ângelo

http://www.afroatitude.unb.br/noticia.php?id=6. (site fora do ar só visível via google clicando o botão "em cache")

GABRIELA, CLEITON, ROGÉRIO E BRUNO - REPRESENTANTES DO AFROATITUDE BRASÍLIA NA ABRAPSO - BH - 14 DE NOVEMBRO DE 2005

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

ANTES DO POR DO SOL

ESCRITO EM FORMATO FICÇÃO (POR ISSO ALGUNS TRECHOS SÃO FICÇÃO, MAS 99% DO QUE ESTÁ ESCRITO SÃO FATOS REAIS, MUDAM SE A ORDEM DOS FATORES) E PUBLICADO NO LIVRO COMNSTRUINDO PONTES E NUVENS DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EM 2006.

Aquela não seria “mais uma tarde” desde aquela manhã. Ele já sabia disto desde que havia amanhecido. Era seu último dia naquela cidade e ele já previa que algo de especial estava por acontecer. Arrumou-se, colocou o básico que iria precisar para aquela tarde em sua mochila e saiu sem direção. Era como se soubesse que iria encontrar algo ou alguém especial para registrar aqueles momentos.

Na parada de ônibus, esperou pelo ônibus, sem saber que já havia passado alguns que lhe servia. É quando atravessa a rua e senta a seu lado uma garota, que além de muito simpática, era muito bonita e de um sorriso cativante. Ela vira para ele e pergunta se o ônibus para o centro da cidade já havia passado. Foi então que ele percebeu que pelo menos outros três ônibus já havia perdido. E como o centro também era seu destino, ele lhe acompanhou em seu trajeto.

Conversaram muito no caminho para o centro, o básico para se conhecerem, mas o bastante para ver o quanto tinham em comum. Isto os aproximou muito. Ele lhe contou que era de Brasília, estava na cidade há uma semana, mas que já estava de partida na manhã seguinte. Ela lhe disse que morava naquela cidade fazia quatro meses, mas que neste período nunca teve tempo para passear pela cidade, muito menos no centro. A curiosidade é que embora não soubesse nada daquela cidade, o único trajeto que ele conhecia era o caminho para o centro. Então ele passou a lhe servir de guia.

Rogério e Heloísa na parada de ônibus

Em sua volta um cenário paradisíaco, o mar em toda a sua extensão, uma tarde ensolarada, um casal que acabou de se conhecer. Tudo estava perfeito. Ele não parecia acreditar que teria que ir embora dali a algumas horas, ter que deixar para trás a garota que tanto havia lhe feito feliz durante aquela tarde. Seu desejo foi de levá-la junto consigo ou aumentar em mais alguns dias sua estadia na cidade, mas foi como ela disse a ele:

- Esqueça que você vai embora amanhã, esqueça o que vai acontecer e viva o agora! - E assim ele o fez. O tempo passou em um piscar de olhos e eles não sentiram, pois isto já não existia mais para eles.

O sol estava se pondo, a tarde acabando, ela pediu para ele olhar para o horizonte. Era o sol se pondo por trás dos montes. Eles se abraçaram e juntos curtiram aquele momento único. Ele não se conteve e pediu para um casal que também passeavam pelo calçadão tirar uma foto dos dois. Para compensar a diferença de altura, ele se curvou em um abraço sobre ela e então veio o click. Ele pegou a máquina e quando viraram de volta, presenciaram os últimos segundos do sol antes de se pôr...

Por do sol de Florianópolis

O passeio pelo calçadão já havia terminado, a tarde já havia se posto, eles resolveram passear pela praça do centro da cidade. Presenciaram uma apresentação de boi-bumbá, foram a uma lanchonete e na volta sentaram no banco da praça onde há uma árvore centenária, muito famosa na cidade, uma figueira.

Ele fez questão de lhe agradecer pela tarde que passaram juntos, ela lhe respondeu que ele era um anjo da guarda que havia vindo para lhe mostrar o quanto alguém podia ser tão especial e a vida podia ser maravilhosa. Lágrimas caíram de ambos os rostos. Ele enxuga suas lágrimas, não resiste e dá-lhe o beijo tão aguardado por toda aquela tarde.

Aquele que era um beijo inesperado transformou-se em um beijo prolongado. O frio começava a apertar e eles não sentiam, seus corpos estavam quentes o bastante para sentir qualquer coisa. Não havia palavras mais que pudessem expressar aquele momento, deixaram então que seus gestos dissessem por eles.

É quando se ouve ao longe, o badalar dos sinos da catedral do centro da cidade anunciando que já eram meia noite e que aquela era a hora de ambos partirem. Não havia mais o que fazer. Antes de partir ele a convidou a visitá-lo em Brasília, que ele estaria pronto a recebê-lo e ser seu guia na capital federal. Ela a convidou para outro passeio como esse da próxima vez que voltasse a cidade, que ela estaria esperando por ele...

Como não conseguiam se desgrudar, combinaram que cada um seguisse um caminho diferente no meio da multidão que se encaminhava para pegar o último ônibus da noite. Mas antes, deram um beijo de despedida e no fim daquele beijo, cada um seguiu seu caminho. Ambos nem ao menos viraram para trás, ela acabou sumindo do mesmo jeito que apareceu, de repente...

Na manhã seguinte ele retornou para Brasília e como recordação a lembrança daquele beijo, daquela garota e como prova daqueles momentos, a fotografia dos dois ao por do sol...

Florianópolis – julho de 2006

Nossa!!!!!!!!!A-M-E-I!!!!Lindo demais!!!
Vc nao quer me mandar via correios esse livro??Fiquei muito emocionada,não
faz idéia...
Rogerio,nao recebi as fotos!!Manda que to louca de curiosa pra ver!!!!!!
Querido..tive um ano duro,muitas lágrimas,muita vontade de desistir..Fiz
vestibular na UFSC pra PSICOLOGIA lembra??Zerei matemática,logo fui
eliminada...
Fiquei muito triste..ainda estou para falar a verdade..
Por outro lado,eu passei na UDESC pra ARTES CÊNICAS ,nossa,por essa eu não
esperava..mal estudei(a prova é de conhecimentos específicos)e estava muito
concorrido!!Nem cogitava a possibilidade de passar!!!
Viu que 10!!Fiquei mto feliz,acho que nada é por acaso...Estou tentando ter
a sabedoria pra entender que psicologia ainda não era o momento certo..Mas
vou continuar tentando,né??!Quem sabe faz a hora..hehe
Aiiii que saudade!!E como vc está????
Se não conseguir falar com vc antes do natal,desejo pra vc (fora de toda a
hipocrisia natalina)momentos de paz pro teu coração..que é grande demais!!
Um beijoo e um abraço bem apertado,Helo.

sábado, 23 de dezembro de 2006 19:16:10


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

COMO CONHECI A ARGENTINA (SEM TER ESTADO LÁ)...

Esta história já é de conhecimento de alguns (clássico do RU), mas mesmo assim vou contá-la aqui e agora. Agora com fotos!!!

PRAIA DE CANASVIEIRAS - FLORIANÓPOLIS

Sempre que eu ia a praia, antes de entrar no mar fazia minha caminhada de uma ponta a outra. Assim eu aquecia o corpo, conhecia o lugar, alem de me exercitar. Antes de entrar no mar me recompunha e só após eu tomava banho. Mas certo dia, quando eu chegava próximo a esquina que dava acesso ao apartamento onde estava hospedado, passa por mim uma garota muito linda (realmente linda diga-se de passagem). Aproveitando que eu tinha que descansar antes de entrar na água, passei a prestar atenção naquela morena.

Ela deveria ter 1.70 de altura, um corpo escultural, a tal ponto que parecia que o biquini havia sido feito sob medida para o corpo dela, tamanha a perfeição. Fazia o estilo falsa magra, cabelos curtos, olhos e cabelos castanhos (é incrível prestar a atenção em tantos detalhes em tão poucos minutos) e um "cigarro" na mão...

Parei ali, adimrando aquela "paisagem". Ela deixou sua toalha na areia e foi ao mar banhar-se. Plasticamente aquilo era lindo. Ela foi entrando lentamente na água sentindo sua temperatura. De início pensava que era porque ela queria terminar o cigarro para só então banhar-se. A água parecia se deliciar-se com aquilo, pois estava calmo, parecia abraçá-la. Ondas leves vinham contra seu corpo, ela recebia com um leve susto cada impacto que vinha sobre ela. Me fazia lembrar um velho comercial do coscarque de muito tempo atrás, onde uma garota passeia na praia nublada, e uma voz de fundo cheia de inveja falava, como uma garota como aquela, poderia ser tão magra, "sópoderia ser magra de ruim" (no fim do comercial como não poderia deixar de ser, era revelado o "real" motivo do por quê, vocês lembram???).

Vinha um cheiro forte de uma coisa que até então não havia sentindo depois de haver chegado em Florianópolis: maconha! Enquanto ela "viajava" dentro da água com seu baseado na mão, eu "viajava" contemplando tamanha beleza (só para constar o cheiro era sentido a distância).

Após alguns minutos, ela se agachou para poder sentir melhor as ondas que vinham até ela, foi quando eu saquei minha máquina fotográfica para poder registrar aquilo. Ela linda, deslizava na água, sumia por entre elas, deixava a onda lhe guiar. Ela fazia tudo sem se importar com o mundo, o mundo só era ela e ela e mais ninguém apartir daquele momento. Tinha horas que me dava agonia ver aquilo, pois pensava que a garota fosse se afogar. Eu queria registrar aqueles momentos pois parecia cenas de filme. De tanto esperar acabei tirando uma foto no momento em que me deu na telha, pois ela dava sinal de que já estava voltando a areia.

Fiquei então pensando, que era invasão de privacidade fazer aquilo, sem permissão dela, então tomei coragem e decidi que quando ela retornasse eu iria até ela para informar-lhe sobre as fotos. E assim foi feito. Em poucos minutos, como Bond Girl saindo do seu banho de praia, ela retorna até sua toalha. E logo eu fui atrás para interceptá-la.

Digamos que foi muito surreal o que aconteceu a seguir... Tentarei narrar como é que foi o papo (se é que é possível):

- Me desculpe atrapalhar, mas estava sentado vendo você, não resisti e tirei algumas fotos. Gostaria de saber como é que eu faço para te mandar as fotos.(desculpe, mas foi foda! Eu não faria isto se estivesse em Brasília, e modéstia a parte, foi uma boa cantada)
No qual ela respondeu (traduzido afinal eu não entendi nada do que ela falou):
- Desculpe, mas eu não entendi nada do estás falando, não compreendo... (a única coisa que entendi até então)
- É que tirei umas fotos suas, e gostaria de te enviá-las depois.
-Não estou entendo nada, desculpe.
- Desculpe, qual é seu nome?
- Noeli (mas entendia-se noel, devido a lingua enrolada no final da sílaba). Tú é de onde?
- Brasília, capital. Você conhece?
- Não.
Foi então que tirei a máquina da mochila que eu carregava e mostrei pra ela.
- Noeli,Eu tirei uma foto sua e queria te mostrar (nesta hora já estava quase soletrando).
Ela parecia um índio e eu um português, tentando se comunicar.
- Então me mostre?
- Não dá, pois minha máquina não é digital.
- Pois bien. Muchas gracias.

Notando que ela estava me tirando na alta, saí de lá. Ela ainda acenou para mim, virei de costas e prossegui para o meu banho...

A FOTO QUE MOTIVOU TODA ESTA HISTÓRIA

Este final está muito Charlie Brown ( o desenho, não a banda), mas foi o que aconteceu...

FLORIANÓPOLIS - JULHO DE 2006

domingo, 22 de fevereiro de 2009

A PRIMEIRA VEZ QUE VI O MAR


Nos mais intensos de meus sonhos, sempre tive um que nunca escondi de ninguém, era um dia conhecer o Rio de Janeiro e se caso eu fosse ao sul do país, ir ao Rio Grande do Sul. Coroando com chave de ouro conhecer o mar, ir a praia, poder ser abençoado por uma onda em meus pés, poder me banhar com aquela água salgada e se possível ver um por do sol visto somente naquele lugar único. Pois bem, aquele ano de 2006 começou com um convite no mínimo mágico, um congresso no Rio de Janeiro, na última semana de aula e o melhor, bem barato (30 reais). Mas em cima da hora me vi em dificuldades, pois haveria avaliação final na hora em que o ônibus partiria e na dúvida entre viajar realizando meu sonho ou ser reprovado, acabei ficando e fazendo a avaliação final. O lado bom foi saber que passei com nota máxima na matéria em questão, o ruim foi ver as fotos do pessoal que foi se divertindo em uma tarde de sol em Copacabana. Até hoje penso se foi tão bom assim não ter reprovado naquele momento.


Pessoal da pedagogia no "Fórum Mundial de Educação" em Copacabana!!!


Como o mundo dá voltas, duas semanas depois fui avisado que nós iríamos apresentar um trabalho no mês de julho e desta vez em Florianópolis. Raciocinando bem, comecei a perceber que desta vez iria conseguir realizar as coisas que tanto eu queria mesmo não sendo exatamente como deveriam ser. Iria conhecer o mar e o sul do país ao mesmo tempo, mesmo que sem precisar conhecer o mar do Rio de Janeiro ou o sul do Rio grande do Sul. Aquilo foi ficando em minha mente e a ânsia de chegar o momento de partir foi aumentando.


Quando finalmente chegou o dia, confesso que foi surpreendente. Estava em uma manhã de domingo nublado, dentro do ônibus que nos levava a "Floripa", quando escutei comentários de surpresa e espanto denntro do ônibus. Ao olhar para pela janela do ônibus pude presenciar o que antes só conhecia de ouvir dizer. Pela janela se via o mar revolto vindo contra a encosta, entrecortado por arvoredos que passavam por esta paisagem a cada curva, ou a medida que a estrada avançava. Para a imensa maioria das pessoas presentes (incluindo a mim), foi o primeiro contato com o mar em sua extensão. Um pequeno aperitivo do que iríamos encontrar nos dias posteriores. O sol não estava presente, mas me pareceu naquele instante ser algo secundário perto do que estava perante a nós.


Ao chegarmos a Florianópolis, assim que desfizemos as malas, cada um tomou um rumo. Uns foram fazer compras que durassem aquela semana em que ficaríamos lá, outros foram lanchar, outros simplesmente foram descansar depois de 27 horas de viagem. Eu fiquei andando para conhecer a cidade e no fim da avenida principal, ouvia-se o barulho das ondas vindo de encontro a praia, um cheiro forte de peixe, o sol se pondo sob o céu nublado com uma leve tonalidade azul escuro ao horizonte.



Com a surpresa de quem estava a poucos metros da praia e a poucos instantes de conhecê-la, fui seguindo em direção ao cais. O som das ondas aumentava, assim como o forte cheiro, as areias iam aparecendo, nela um barco de pescador ancorado. Ao longe uma pequena ilha, e além o horizonte. Eram 18:15 da tarde, não mais do que isto. Não me contive e soltei a interjeição adolescente que tanto o professor Armando Velloso fazia menção: - Carai véi, que maravilha!!!! - E maravilhado com aquela paisagem fiquei ali a contemplando, o tempo ia passando, com o tempo anoitecendo e eu ali em silêncio agradecendo por tudo aquilo. Naquela noite voltamos todos para contemplarmos junto o solo (e a areia) da praia do sul em toda a sua extensão.


Na manha seguinte, enquanto todos dormiam, fui novamente a praia (desta vez com sol a pino) para fazer minha caminhada. E lá eu pude ser enfim batizado com as águas do mar em meus pés, pude andar por toda a sua extensão, com Jorge Ben Jor nos fones de ouvido. Conheci pessoas novas, paquerei um pouco, tomei um banho de mar, realmente fiz tudo o que esperava fazer em uma praia.


FLORIANÓPOLIS - JULHO DE 2006


sábado, 21 de fevereiro de 2009

DESCENDO A SERRA... (CEGO PELA SERRAÇÃO)

Eram 06 horas da manhã, acordo sem ter noção de onde estou. Olho ao meu redor e vejo que todos ainda estão dormem. Puxo um pouco a cortina e me impressiono com o que vejo (ou o que não vejo). A neblina estava densa, demais o bastante para não se enxergar um palmo além da janela. Foi então que percebi que já estava no estado do Paraná. Viajando via BR 101. Fiquei maravilhado com a paisagem, era como se estivesse entre nuvens. E o que se via além, era uma vegetação que nunca se verá no cerrado devido ao clima seco. Afinal, pelo menos para mim, dá no mesmo ir para Tocantins ou para Minas Gerais, onde a mesma vegetação de galhos e capim secos, se parecem com o que se vê, digamos, no caminho para Samambaia. É irritante. E pela primeira vez senti prazer em ver mato em uma viagem.




Aos poucos as pessoas foram acordando e todas se encantavam com a beleza que viam além das janelas. Foi então que me veio a cabeça uma música que há muito tempo me chamava a atenção. Chama-se "Descendo a Serra" dos Engenheiros do Havaii. É incrível, tudo se encaixa. Você desce a serra cego pela serração, não se vê muita coisa mesmo, ficando cego pela neblina. Naquele momento, mesmo não estando em Santa Catarina, o que demorou poucas horas para acontecer, me senti grato por conhecer o sul, saber o quanto o Brasil é lindo, e o quanto é importante conhecer seu próprio país.



"E como tem curvas aquela estrada", parece uma serpente morta, ela é toda feita em zig zag, ás vezes fechadas ao extremo, fico pensando no motorista de primeira viagem, na dúvida em prestar atenção na estrada ou na linda paisagem em volta...

"O inferno ficou para trás". Na medida que o ônibus seguia, dava as costas para minhas preocupação. Brasília era para mim, naquele instante, uma coisa muito pequena frente ao que me esperava em Florianópolis. Uma semana no paraíso, isto não tem preço, mesmo que uma semana depois tudo volte a normalidade. Mas como uma "Manézinha da ilha" me disse e guardo estas frases até hoje:
- Para quê pensar na volta agora que chegou? Aproveite!!! - Pois bem, fiz isto e muito bem feito.



Na medida que o ônibus seguia viagem, a neblina se discipava, aos poucos ia diminuindo de intensidade, era descoberta por entre elas as montanhas, colinas,o sol por entre elas, as árvores, os tais 05% de Mata Atlântica que ainda resistem... Foram registradas por mim na retina, por outros em suas máquinas que então não paravam de fotografar.

Confesso que queria compartilhar aqueles momentos com alguem, mas estas pessoas ou estavam em Brasília, ou já tinham seus pares no ônibus, ou como no meu caso estava dormindo ao meu lado (heheh). Fiquei ali admirando aqueles momentos, aquelas cenas com a música dos engenheiros em minha mente...

Florianópolis - julho de 2006

Descendo A Serra

Engenheiros do Hawaii

Composição: Humberto Gessinger

Tô descendo a serra
Cego pela cerração
Salvo pela imagem
Pela imaginação
De uma bailarina no asfalto
Fazendo curvas sobre patins

Tô descendo a serra
Cego pela neblina
Você nem imagina
Como tem curvas esta estrada
Ela parece uma serpente morta
Às portas do paraíso

O inferno ficou para trás
Com as luzes lá em cima
O céu não seria rima
Nem seria solução
Um dia de cão
Um mês de cães danados
Ordem no caos
Olhos nublados
Um cão anda em círculos
Atrás do próprio rabo


Um dia de cão
Um mês de cães danados
Ordem no caos
Olhos cansados
Não há nada de novo
No ovo da serpente

É sempre a mesma stória
(é tão difícil partir)
É sempre a mesma stória
(é impossível ficar)
É sempre mais difícil dizer adeus
Quando não há nada mais pra se dizer

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

FOI UM RIO (UMA CARIOCA) QUE PASSOU EM MINHA VIDA... (E MEU CORAÇÃO SE DEIXOU LEVAR)

MINHA PRIMEIRA VIAGEM ESTUDANTIL PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHO



Aquela viagem a Minas em novembro de 2005, não só simbolizava minha primeira viagem como universitário, mas minha primeira viagem a uma outra capital, que não fosse Brasília onde resido. Nunca tive condições de viagem devido a situação financeira de meus pais, então aquela para mim seria "a viagem". E também se somou aquilo o fato de estar passando por um momento deprê, e aquela era o momento ideal de sair da fossa.

A Minas Gerais que encontrei naquela chuvosa manhã de sexta feira em novembro de 2005, era bastante gelada, cinza, mal escutava os famosos sotaques como "uai, sô" nas ruas, fui sozinho, nenhum conhecido no ônibus, mas isto fez com que eu conhecesse a garota que mudou meu modo de pensar e que tão fácil entrou em minha vida logo foi embora e nunca mais a vi. Talvez nunca mais a veja, mas que ela saiba que foi importante para mim em todo um caminho que eu segui depois de seu encontro. Seu nome é Adriana Camilo e ela será personagem desta minha história.

ADRIANA CAMILO (COM A FLOR NA MÃO)

A Adriana, era mineira, criada no Rio (se considerava carioca de botafogo), mas que terminou a graduação em psicologia na UnB. Ela ia apresentar oralmente sua tese de trabalho na tarde do dia seguinte e após a apresentação voltaria a brasília onde teria que trabalhar numa ONG num domingo (?). A conheci, porque sentei numa cadeira sem ninguem ao meu lado (todos já haviam seus pares e colegas) e ela como pós graduanda, seria normal sentar com seus pares, mas como não havia vagas e somente uma cadeira estava disponível, ela se sentou ao meu lado e toda a história começou. Como todos que me conhecem sabem, não consegui ficar calado a viagem toda, e sei que não a deixei dormir bem durante a viagem (não porque eu conversava demais, mas devido a minha insonia eu colocava a musica muito alta no fone de ouvido que segundo ela estava alto demais até para ela, rsrs).

Chegamos em Minas amanhecendo debaixo de um frio intenso e garoa leve, fomos hospedados no alojamento do Mineirinho. Haviam quartos semi privativos para no máximo 05 pessoas, e os galpões que Brasília sozinha quase o encheu. Como dormimos até tarde ficamos um grupo para trás para irmos nos credenciar e assim nasceu uma amizade "forte enquanto durou". Com eles fomos conhecer Belo Horizonte na cara e na coragem.

Conhecemos a praça da liberdade com direito a cantar Travessia ao lado da placa com a Letra da música, comemos pão de queijo mineiro feito em Minas, e tomamos suco num copo de vaca holandesa. Fomos a Savassi, vimos ruas da raposa e ruas do galo, paramos um cruzamento de esquinas (como se fosse um clube) e lá tivemos a tarde mais agradável daqueles dias (e um dos mais agradáveis somando todos os outros congressos que participei). Ficamos num bar que tocava rock'n'roll, comendo pasteis, quem podia tomava cerveja e quem não podia tomava seu refrigerante ou suco. E assim a tarde terminou.

ADRIANA, GABRIELA, ROGÉRIO, CLEITON, AKIRA E BRUNO EM UM BAR DE ESQUINA NA SAVASSI (O NOSSO CLUBE DA ESQUINA)

No dia seguinte, era a apresentação de seu trabalho com menores infratores ao qual fui ver. Após terminada sua apresentação, conversávamos em uma lanchonete da UFMG onde lhe disse a tristeza de saber que mal a conheci e já teria que me despedir e então falei da honra de tê-la conhecido em minha primeira viagem. E ela surpresa e feliz se sentiu honrada de ter feito parte de um momento tão especial a mim. E assim nos aprontamos para levá-la ao alojamento para arrumar suas coisas pois já estava se atrasando.

No caminho paramos para comprar livros, e ao fundo escutamos um samba de raiz ser tocado. Era tão de alta qualidade que eu brinquei para ela que o samba mais novo que ali estava sendo tocado era de Paulinho da Viola. Eu já sabia de seu gosto por samba igual ao meu e comecei a sambar ao som de FOI UM RIO QUE PASSOU EM MINHA VIDA de Paulinhpo da Viola. Ela também não resistiu e mesmo sabendo que não poderia perder tempo me pegou pelas mãos e fomos sambar junto a todos que ali estavam. Onde eu iria me imaginar sambando com uma carioca samba de raiz daquele jeito em Minas? Aproveitei o máximo que pude aqueles momentos com aquela morena, sabia que eram os últimos também.

Foi então que aconteceu uma cena para mim inesquecível, ela me pediu para irmos mesmo estando no auge do show, mas sabia que mais algum momento e ela perderia o avião para Brasília. Minha intenção era de não deixá-la ir, mas nada tinha para a impedir. Fomos embora e estava tocando DESDE QUE O SAMBA É SAMBA de Caetano Veloso. Todos em roda de mãos dadas em volta do grupo, cantando em coro, e nós tendo que ir embora ao por do sol sobre nuvens de um céu nublado rumo ao Mineirão.

PRAÇA DA UFMG ONDE ESTAVA ACONTECENDO A RODA DE SAMBA DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UFMG

Chegando no alojamento, ao esperar ela tomar banho para enfim viajar, surgem três garotas na porta querendo saber se alguém poderia as acompanhar para a festa do congresso que haveria dentro de poucas horas. Eu poderia após deixar a Adriana, mas não naquele instante, então sugeri a um americano da Unicamp que fizesse este favor por mim. O americano tanto fez, como acabou ficando com uma das garotas na festa, se mudou para sua casa durante os dias que ainda restavam de congresso e não precisou mais pagar as diárias ao Mineirinho. Bem e eu...

Após estar pronta a levei ao ponto de ônibus na esquina do Mineirinho com o Mineirão. Enquanto o táxi não chegava conversamos sobre a vida. E então ela me disse que via nos meu olhos que eu não estava feliz e que isso deveria ser mudado. Que se eu quisesse alguma coisa, se eu quisesse viajar (aquela era minha primeira), que para mim fazer mundos e fundos, eu deveria batalhar para isso, batalhar pela minha felicidade. Não me importar com o que os outros diriam. Aquelas palavras como outras que ela falou durante aqueles momentos me fizeram refletir bastante assim como mudar muito minha atitude em muito do que fiz depois daquilo...

Um táxi logo chegou, sem tempo pra mais nada, só nos restou um longo abraço, e um convite para nos vermos assim que chegassemos os dois em Brasília...

Nunca mais a vi, chegamos a trocar emails onde ela me disse estar na Europa, mas depois sua estrada tomou um caminho diferente da minha. Mesmo isto tendo acontecido em 2005 ainda é recente em minhas memórias a ponto de lembrar até detalhes acontecidos nos fatos aqui contados. E se hoje sou o que sou, muito como universitário, mas também como pessoa se deve aquela psicóloga e aqueles momentos que passamos juntos.

BELO HORIZONTE - NOVEMBRO DE 2005

ÚLTIMA FOTO TIRADA COM A ADRIANA NA UFMG (O ESTÁDIO MINEIRÃO AO FUNDO)
Olà Rogério!

Tutto benne?

Menino, que bom receber seu email! Fiquei feliz em
saber que vcs aproveitaram bastante o final de semana,
especialmente depois da conversa que tivemos naquele
ponto de onibus, lembra? Gostei das fotos que vc
enviou e vou adorar receber as outras tb, please,
envie-as p/ mim, ok?

Vai ser meio complicado p/ gente se encontrar por
esses dias, pois neste momento estou na Itàlia, depois
sigo para Alemanha, Bélgica e Holanda e volto apenas
em janeiro! Por enquanto irei mandando noticias e
abraços e quando eu retornar a gente marca alguma
coisa.

Bjs,

Adriana
segunda-feira, 12 de dezembro de 2005 21:00:42

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

OS GRUPOS DE TRABALHOS

MOMENTOS INESQUECÍVEIS DA FE 05 - GRUPOS DE TRABALHO

ROGÉRIO, ANA PAULA, GABRIELLA, JOÃO GABRIEL, JOSIANE, KAREN E LUANA

Imagine um grupo que contenham Rogério, Josy, Gabi, Karen, João Gabriel, Paulinha e Luana... (só as peças raras, rsrsrsrs). O Willys e o Luis só não estiveram porque nem matriculados estavam, rsrsrsr

As minhas apresentações de trabalhos na UnB sempre foram clássicas (algumas serão contadas aqui), porque todo mundo sabia como começava, mas não sabia como iria terminar. Veio daí uma das frases (que durante um tempo figurou na parede do Centro Acadêmico) que depois o Luís desvirtuou (como quase sempre ele faz com minhas frases, rsrsrs) e que se transformou na frase:


- SE EU SOUBESSE O QUE ESTAVA DIZENDO FALARIA POR MAIS DE MEIA HORA...

Reunir esta galera de novo vai ser uma trabalheira danada, mas fica o registro deste grupo de apresentação...

(3º SEMESTRE, AULA DE PPNE, MARÇO DE 2006)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

CAMINHOS...

... porque precisamos trilhar alguns caminhos, mesmo que não saibamos onde podemos chegar...

Caminhos II

Raul Seixas

Composição: Raul Seixas/Paulo Coelho/Eládio Gilbraz

Assim como
Todas as portas são diferentes
Aparentemente
Todos os caminhos são diferentes
Mas vão dar todos no mesmo lugar


Sim
O caminho do fogo é a água
Assim como
O caminho do barco é o porto
O caminho do sangue é o chicote

Assim como
O caminho de reto é o torto
O caminho do risco é o sucesso

Assim como
O caminho do acaso é a sorte
O caminho da dor é o amigo
O caminho da vida é a morte

Caminhos

Raul Seixas

Composição: Raul Seixas/Paulo Coelho


Caminho para a Faculdade de Educação - sentido FE>POSTINHO

Você me pergunta

Aonde eu quero chegar
Se há tantos caminhos na vida
E pouca esperança no ar
E até a gaivota que voa
Já tem seu caminho no ar

O caminho do fogo é a água
O caminho do barco é o porto
O do sangue é o chicote
O caminho do reto é o torto

O caminho do bruxo é a nuvem
O da nuvem é o espaço
O da luz é o túnel
O caminho da fera é o laço

O caminho da mão é o punhal
O do santo é o deserto
O do carro é o sinal
O do errado é o certo

O caminho do verde é o cinzento
O do amor é o destino
O do cesto é o cento
O caminho do velho é o menino

O da água é a sede
O caminho do frio é o inverno
O do peixe é a rede
O do vil é o inferno

O caminho do risco é o sucesso
O do acaso é a sorte
O da dor é o amigo
O caminho da vida é a morte!

"E você ainda me pergunta:
aonde é que eu quero chegar,
se há tantos caminhos na vida
e pouquíssima esperança no ar!
E até a gaivota que voa
já tem seu caminho no ar!"

O caminho do risco é o sucesso
O acaso é a sorte
O da dor é o amigo
O caminho da vida é a morte!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

BALADAS DE ASFALTO E OUTROS BLUES...

Nikolay, escolhandendo a próxima balada de asfalto

Pirenópolis, primeiro dia do ano. Houve um fim de tarde, estrada de terra, chuva de verão, amigos descontraídos e cansados pelo dia que tiveram. Trilha sonora do momento, Zeca Baleiro, CD-Líricas. Os pingos de chuva caiam ao som do violão de um cd acústico, alternando entre baladas de asfaltos e outros blues. Víamos raios de sol ao fim do caminho mesmo estando sobre um temporal...

Mesmo sendo a descrição de um momento que aconteceu no reveilon, diversas foram as ocasiões em que aconteceram caronas entre a UnB e a rodoviária do Plano Piloto. Marcantes como essas...