segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

COMO CONHECI A ARGENTINA (SEM TER ESTADO LÁ)...

Esta história já é de conhecimento de alguns (clássico do RU), mas mesmo assim vou contá-la aqui e agora. Agora com fotos!!!

PRAIA DE CANASVIEIRAS - FLORIANÓPOLIS

Sempre que eu ia a praia, antes de entrar no mar fazia minha caminhada de uma ponta a outra. Assim eu aquecia o corpo, conhecia o lugar, alem de me exercitar. Antes de entrar no mar me recompunha e só após eu tomava banho. Mas certo dia, quando eu chegava próximo a esquina que dava acesso ao apartamento onde estava hospedado, passa por mim uma garota muito linda (realmente linda diga-se de passagem). Aproveitando que eu tinha que descansar antes de entrar na água, passei a prestar atenção naquela morena.

Ela deveria ter 1.70 de altura, um corpo escultural, a tal ponto que parecia que o biquini havia sido feito sob medida para o corpo dela, tamanha a perfeição. Fazia o estilo falsa magra, cabelos curtos, olhos e cabelos castanhos (é incrível prestar a atenção em tantos detalhes em tão poucos minutos) e um "cigarro" na mão...

Parei ali, adimrando aquela "paisagem". Ela deixou sua toalha na areia e foi ao mar banhar-se. Plasticamente aquilo era lindo. Ela foi entrando lentamente na água sentindo sua temperatura. De início pensava que era porque ela queria terminar o cigarro para só então banhar-se. A água parecia se deliciar-se com aquilo, pois estava calmo, parecia abraçá-la. Ondas leves vinham contra seu corpo, ela recebia com um leve susto cada impacto que vinha sobre ela. Me fazia lembrar um velho comercial do coscarque de muito tempo atrás, onde uma garota passeia na praia nublada, e uma voz de fundo cheia de inveja falava, como uma garota como aquela, poderia ser tão magra, "sópoderia ser magra de ruim" (no fim do comercial como não poderia deixar de ser, era revelado o "real" motivo do por quê, vocês lembram???).

Vinha um cheiro forte de uma coisa que até então não havia sentindo depois de haver chegado em Florianópolis: maconha! Enquanto ela "viajava" dentro da água com seu baseado na mão, eu "viajava" contemplando tamanha beleza (só para constar o cheiro era sentido a distância).

Após alguns minutos, ela se agachou para poder sentir melhor as ondas que vinham até ela, foi quando eu saquei minha máquina fotográfica para poder registrar aquilo. Ela linda, deslizava na água, sumia por entre elas, deixava a onda lhe guiar. Ela fazia tudo sem se importar com o mundo, o mundo só era ela e ela e mais ninguém apartir daquele momento. Tinha horas que me dava agonia ver aquilo, pois pensava que a garota fosse se afogar. Eu queria registrar aqueles momentos pois parecia cenas de filme. De tanto esperar acabei tirando uma foto no momento em que me deu na telha, pois ela dava sinal de que já estava voltando a areia.

Fiquei então pensando, que era invasão de privacidade fazer aquilo, sem permissão dela, então tomei coragem e decidi que quando ela retornasse eu iria até ela para informar-lhe sobre as fotos. E assim foi feito. Em poucos minutos, como Bond Girl saindo do seu banho de praia, ela retorna até sua toalha. E logo eu fui atrás para interceptá-la.

Digamos que foi muito surreal o que aconteceu a seguir... Tentarei narrar como é que foi o papo (se é que é possível):

- Me desculpe atrapalhar, mas estava sentado vendo você, não resisti e tirei algumas fotos. Gostaria de saber como é que eu faço para te mandar as fotos.(desculpe, mas foi foda! Eu não faria isto se estivesse em Brasília, e modéstia a parte, foi uma boa cantada)
No qual ela respondeu (traduzido afinal eu não entendi nada do que ela falou):
- Desculpe, mas eu não entendi nada do estás falando, não compreendo... (a única coisa que entendi até então)
- É que tirei umas fotos suas, e gostaria de te enviá-las depois.
-Não estou entendo nada, desculpe.
- Desculpe, qual é seu nome?
- Noeli (mas entendia-se noel, devido a lingua enrolada no final da sílaba). Tú é de onde?
- Brasília, capital. Você conhece?
- Não.
Foi então que tirei a máquina da mochila que eu carregava e mostrei pra ela.
- Noeli,Eu tirei uma foto sua e queria te mostrar (nesta hora já estava quase soletrando).
Ela parecia um índio e eu um português, tentando se comunicar.
- Então me mostre?
- Não dá, pois minha máquina não é digital.
- Pois bien. Muchas gracias.

Notando que ela estava me tirando na alta, saí de lá. Ela ainda acenou para mim, virei de costas e prossegui para o meu banho...

A FOTO QUE MOTIVOU TODA ESTA HISTÓRIA

Este final está muito Charlie Brown ( o desenho, não a banda), mas foi o que aconteceu...

FLORIANÓPOLIS - JULHO DE 2006

domingo, 22 de fevereiro de 2009

A PRIMEIRA VEZ QUE VI O MAR


Nos mais intensos de meus sonhos, sempre tive um que nunca escondi de ninguém, era um dia conhecer o Rio de Janeiro e se caso eu fosse ao sul do país, ir ao Rio Grande do Sul. Coroando com chave de ouro conhecer o mar, ir a praia, poder ser abençoado por uma onda em meus pés, poder me banhar com aquela água salgada e se possível ver um por do sol visto somente naquele lugar único. Pois bem, aquele ano de 2006 começou com um convite no mínimo mágico, um congresso no Rio de Janeiro, na última semana de aula e o melhor, bem barato (30 reais). Mas em cima da hora me vi em dificuldades, pois haveria avaliação final na hora em que o ônibus partiria e na dúvida entre viajar realizando meu sonho ou ser reprovado, acabei ficando e fazendo a avaliação final. O lado bom foi saber que passei com nota máxima na matéria em questão, o ruim foi ver as fotos do pessoal que foi se divertindo em uma tarde de sol em Copacabana. Até hoje penso se foi tão bom assim não ter reprovado naquele momento.


Pessoal da pedagogia no "Fórum Mundial de Educação" em Copacabana!!!


Como o mundo dá voltas, duas semanas depois fui avisado que nós iríamos apresentar um trabalho no mês de julho e desta vez em Florianópolis. Raciocinando bem, comecei a perceber que desta vez iria conseguir realizar as coisas que tanto eu queria mesmo não sendo exatamente como deveriam ser. Iria conhecer o mar e o sul do país ao mesmo tempo, mesmo que sem precisar conhecer o mar do Rio de Janeiro ou o sul do Rio grande do Sul. Aquilo foi ficando em minha mente e a ânsia de chegar o momento de partir foi aumentando.


Quando finalmente chegou o dia, confesso que foi surpreendente. Estava em uma manhã de domingo nublado, dentro do ônibus que nos levava a "Floripa", quando escutei comentários de surpresa e espanto denntro do ônibus. Ao olhar para pela janela do ônibus pude presenciar o que antes só conhecia de ouvir dizer. Pela janela se via o mar revolto vindo contra a encosta, entrecortado por arvoredos que passavam por esta paisagem a cada curva, ou a medida que a estrada avançava. Para a imensa maioria das pessoas presentes (incluindo a mim), foi o primeiro contato com o mar em sua extensão. Um pequeno aperitivo do que iríamos encontrar nos dias posteriores. O sol não estava presente, mas me pareceu naquele instante ser algo secundário perto do que estava perante a nós.


Ao chegarmos a Florianópolis, assim que desfizemos as malas, cada um tomou um rumo. Uns foram fazer compras que durassem aquela semana em que ficaríamos lá, outros foram lanchar, outros simplesmente foram descansar depois de 27 horas de viagem. Eu fiquei andando para conhecer a cidade e no fim da avenida principal, ouvia-se o barulho das ondas vindo de encontro a praia, um cheiro forte de peixe, o sol se pondo sob o céu nublado com uma leve tonalidade azul escuro ao horizonte.



Com a surpresa de quem estava a poucos metros da praia e a poucos instantes de conhecê-la, fui seguindo em direção ao cais. O som das ondas aumentava, assim como o forte cheiro, as areias iam aparecendo, nela um barco de pescador ancorado. Ao longe uma pequena ilha, e além o horizonte. Eram 18:15 da tarde, não mais do que isto. Não me contive e soltei a interjeição adolescente que tanto o professor Armando Velloso fazia menção: - Carai véi, que maravilha!!!! - E maravilhado com aquela paisagem fiquei ali a contemplando, o tempo ia passando, com o tempo anoitecendo e eu ali em silêncio agradecendo por tudo aquilo. Naquela noite voltamos todos para contemplarmos junto o solo (e a areia) da praia do sul em toda a sua extensão.


Na manha seguinte, enquanto todos dormiam, fui novamente a praia (desta vez com sol a pino) para fazer minha caminhada. E lá eu pude ser enfim batizado com as águas do mar em meus pés, pude andar por toda a sua extensão, com Jorge Ben Jor nos fones de ouvido. Conheci pessoas novas, paquerei um pouco, tomei um banho de mar, realmente fiz tudo o que esperava fazer em uma praia.


FLORIANÓPOLIS - JULHO DE 2006


sábado, 21 de fevereiro de 2009

DESCENDO A SERRA... (CEGO PELA SERRAÇÃO)

Eram 06 horas da manhã, acordo sem ter noção de onde estou. Olho ao meu redor e vejo que todos ainda estão dormem. Puxo um pouco a cortina e me impressiono com o que vejo (ou o que não vejo). A neblina estava densa, demais o bastante para não se enxergar um palmo além da janela. Foi então que percebi que já estava no estado do Paraná. Viajando via BR 101. Fiquei maravilhado com a paisagem, era como se estivesse entre nuvens. E o que se via além, era uma vegetação que nunca se verá no cerrado devido ao clima seco. Afinal, pelo menos para mim, dá no mesmo ir para Tocantins ou para Minas Gerais, onde a mesma vegetação de galhos e capim secos, se parecem com o que se vê, digamos, no caminho para Samambaia. É irritante. E pela primeira vez senti prazer em ver mato em uma viagem.




Aos poucos as pessoas foram acordando e todas se encantavam com a beleza que viam além das janelas. Foi então que me veio a cabeça uma música que há muito tempo me chamava a atenção. Chama-se "Descendo a Serra" dos Engenheiros do Havaii. É incrível, tudo se encaixa. Você desce a serra cego pela serração, não se vê muita coisa mesmo, ficando cego pela neblina. Naquele momento, mesmo não estando em Santa Catarina, o que demorou poucas horas para acontecer, me senti grato por conhecer o sul, saber o quanto o Brasil é lindo, e o quanto é importante conhecer seu próprio país.



"E como tem curvas aquela estrada", parece uma serpente morta, ela é toda feita em zig zag, ás vezes fechadas ao extremo, fico pensando no motorista de primeira viagem, na dúvida em prestar atenção na estrada ou na linda paisagem em volta...

"O inferno ficou para trás". Na medida que o ônibus seguia, dava as costas para minhas preocupação. Brasília era para mim, naquele instante, uma coisa muito pequena frente ao que me esperava em Florianópolis. Uma semana no paraíso, isto não tem preço, mesmo que uma semana depois tudo volte a normalidade. Mas como uma "Manézinha da ilha" me disse e guardo estas frases até hoje:
- Para quê pensar na volta agora que chegou? Aproveite!!! - Pois bem, fiz isto e muito bem feito.



Na medida que o ônibus seguia viagem, a neblina se discipava, aos poucos ia diminuindo de intensidade, era descoberta por entre elas as montanhas, colinas,o sol por entre elas, as árvores, os tais 05% de Mata Atlântica que ainda resistem... Foram registradas por mim na retina, por outros em suas máquinas que então não paravam de fotografar.

Confesso que queria compartilhar aqueles momentos com alguem, mas estas pessoas ou estavam em Brasília, ou já tinham seus pares no ônibus, ou como no meu caso estava dormindo ao meu lado (heheh). Fiquei ali admirando aqueles momentos, aquelas cenas com a música dos engenheiros em minha mente...

Florianópolis - julho de 2006

Descendo A Serra

Engenheiros do Hawaii

Composição: Humberto Gessinger

Tô descendo a serra
Cego pela cerração
Salvo pela imagem
Pela imaginação
De uma bailarina no asfalto
Fazendo curvas sobre patins

Tô descendo a serra
Cego pela neblina
Você nem imagina
Como tem curvas esta estrada
Ela parece uma serpente morta
Às portas do paraíso

O inferno ficou para trás
Com as luzes lá em cima
O céu não seria rima
Nem seria solução
Um dia de cão
Um mês de cães danados
Ordem no caos
Olhos nublados
Um cão anda em círculos
Atrás do próprio rabo


Um dia de cão
Um mês de cães danados
Ordem no caos
Olhos cansados
Não há nada de novo
No ovo da serpente

É sempre a mesma stória
(é tão difícil partir)
É sempre a mesma stória
(é impossível ficar)
É sempre mais difícil dizer adeus
Quando não há nada mais pra se dizer

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

FOI UM RIO (UMA CARIOCA) QUE PASSOU EM MINHA VIDA... (E MEU CORAÇÃO SE DEIXOU LEVAR)

MINHA PRIMEIRA VIAGEM ESTUDANTIL PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHO



Aquela viagem a Minas em novembro de 2005, não só simbolizava minha primeira viagem como universitário, mas minha primeira viagem a uma outra capital, que não fosse Brasília onde resido. Nunca tive condições de viagem devido a situação financeira de meus pais, então aquela para mim seria "a viagem". E também se somou aquilo o fato de estar passando por um momento deprê, e aquela era o momento ideal de sair da fossa.

A Minas Gerais que encontrei naquela chuvosa manhã de sexta feira em novembro de 2005, era bastante gelada, cinza, mal escutava os famosos sotaques como "uai, sô" nas ruas, fui sozinho, nenhum conhecido no ônibus, mas isto fez com que eu conhecesse a garota que mudou meu modo de pensar e que tão fácil entrou em minha vida logo foi embora e nunca mais a vi. Talvez nunca mais a veja, mas que ela saiba que foi importante para mim em todo um caminho que eu segui depois de seu encontro. Seu nome é Adriana Camilo e ela será personagem desta minha história.

ADRIANA CAMILO (COM A FLOR NA MÃO)

A Adriana, era mineira, criada no Rio (se considerava carioca de botafogo), mas que terminou a graduação em psicologia na UnB. Ela ia apresentar oralmente sua tese de trabalho na tarde do dia seguinte e após a apresentação voltaria a brasília onde teria que trabalhar numa ONG num domingo (?). A conheci, porque sentei numa cadeira sem ninguem ao meu lado (todos já haviam seus pares e colegas) e ela como pós graduanda, seria normal sentar com seus pares, mas como não havia vagas e somente uma cadeira estava disponível, ela se sentou ao meu lado e toda a história começou. Como todos que me conhecem sabem, não consegui ficar calado a viagem toda, e sei que não a deixei dormir bem durante a viagem (não porque eu conversava demais, mas devido a minha insonia eu colocava a musica muito alta no fone de ouvido que segundo ela estava alto demais até para ela, rsrs).

Chegamos em Minas amanhecendo debaixo de um frio intenso e garoa leve, fomos hospedados no alojamento do Mineirinho. Haviam quartos semi privativos para no máximo 05 pessoas, e os galpões que Brasília sozinha quase o encheu. Como dormimos até tarde ficamos um grupo para trás para irmos nos credenciar e assim nasceu uma amizade "forte enquanto durou". Com eles fomos conhecer Belo Horizonte na cara e na coragem.

Conhecemos a praça da liberdade com direito a cantar Travessia ao lado da placa com a Letra da música, comemos pão de queijo mineiro feito em Minas, e tomamos suco num copo de vaca holandesa. Fomos a Savassi, vimos ruas da raposa e ruas do galo, paramos um cruzamento de esquinas (como se fosse um clube) e lá tivemos a tarde mais agradável daqueles dias (e um dos mais agradáveis somando todos os outros congressos que participei). Ficamos num bar que tocava rock'n'roll, comendo pasteis, quem podia tomava cerveja e quem não podia tomava seu refrigerante ou suco. E assim a tarde terminou.

ADRIANA, GABRIELA, ROGÉRIO, CLEITON, AKIRA E BRUNO EM UM BAR DE ESQUINA NA SAVASSI (O NOSSO CLUBE DA ESQUINA)

No dia seguinte, era a apresentação de seu trabalho com menores infratores ao qual fui ver. Após terminada sua apresentação, conversávamos em uma lanchonete da UFMG onde lhe disse a tristeza de saber que mal a conheci e já teria que me despedir e então falei da honra de tê-la conhecido em minha primeira viagem. E ela surpresa e feliz se sentiu honrada de ter feito parte de um momento tão especial a mim. E assim nos aprontamos para levá-la ao alojamento para arrumar suas coisas pois já estava se atrasando.

No caminho paramos para comprar livros, e ao fundo escutamos um samba de raiz ser tocado. Era tão de alta qualidade que eu brinquei para ela que o samba mais novo que ali estava sendo tocado era de Paulinho da Viola. Eu já sabia de seu gosto por samba igual ao meu e comecei a sambar ao som de FOI UM RIO QUE PASSOU EM MINHA VIDA de Paulinhpo da Viola. Ela também não resistiu e mesmo sabendo que não poderia perder tempo me pegou pelas mãos e fomos sambar junto a todos que ali estavam. Onde eu iria me imaginar sambando com uma carioca samba de raiz daquele jeito em Minas? Aproveitei o máximo que pude aqueles momentos com aquela morena, sabia que eram os últimos também.

Foi então que aconteceu uma cena para mim inesquecível, ela me pediu para irmos mesmo estando no auge do show, mas sabia que mais algum momento e ela perderia o avião para Brasília. Minha intenção era de não deixá-la ir, mas nada tinha para a impedir. Fomos embora e estava tocando DESDE QUE O SAMBA É SAMBA de Caetano Veloso. Todos em roda de mãos dadas em volta do grupo, cantando em coro, e nós tendo que ir embora ao por do sol sobre nuvens de um céu nublado rumo ao Mineirão.

PRAÇA DA UFMG ONDE ESTAVA ACONTECENDO A RODA DE SAMBA DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UFMG

Chegando no alojamento, ao esperar ela tomar banho para enfim viajar, surgem três garotas na porta querendo saber se alguém poderia as acompanhar para a festa do congresso que haveria dentro de poucas horas. Eu poderia após deixar a Adriana, mas não naquele instante, então sugeri a um americano da Unicamp que fizesse este favor por mim. O americano tanto fez, como acabou ficando com uma das garotas na festa, se mudou para sua casa durante os dias que ainda restavam de congresso e não precisou mais pagar as diárias ao Mineirinho. Bem e eu...

Após estar pronta a levei ao ponto de ônibus na esquina do Mineirinho com o Mineirão. Enquanto o táxi não chegava conversamos sobre a vida. E então ela me disse que via nos meu olhos que eu não estava feliz e que isso deveria ser mudado. Que se eu quisesse alguma coisa, se eu quisesse viajar (aquela era minha primeira), que para mim fazer mundos e fundos, eu deveria batalhar para isso, batalhar pela minha felicidade. Não me importar com o que os outros diriam. Aquelas palavras como outras que ela falou durante aqueles momentos me fizeram refletir bastante assim como mudar muito minha atitude em muito do que fiz depois daquilo...

Um táxi logo chegou, sem tempo pra mais nada, só nos restou um longo abraço, e um convite para nos vermos assim que chegassemos os dois em Brasília...

Nunca mais a vi, chegamos a trocar emails onde ela me disse estar na Europa, mas depois sua estrada tomou um caminho diferente da minha. Mesmo isto tendo acontecido em 2005 ainda é recente em minhas memórias a ponto de lembrar até detalhes acontecidos nos fatos aqui contados. E se hoje sou o que sou, muito como universitário, mas também como pessoa se deve aquela psicóloga e aqueles momentos que passamos juntos.

BELO HORIZONTE - NOVEMBRO DE 2005

ÚLTIMA FOTO TIRADA COM A ADRIANA NA UFMG (O ESTÁDIO MINEIRÃO AO FUNDO)
Olà Rogério!

Tutto benne?

Menino, que bom receber seu email! Fiquei feliz em
saber que vcs aproveitaram bastante o final de semana,
especialmente depois da conversa que tivemos naquele
ponto de onibus, lembra? Gostei das fotos que vc
enviou e vou adorar receber as outras tb, please,
envie-as p/ mim, ok?

Vai ser meio complicado p/ gente se encontrar por
esses dias, pois neste momento estou na Itàlia, depois
sigo para Alemanha, Bélgica e Holanda e volto apenas
em janeiro! Por enquanto irei mandando noticias e
abraços e quando eu retornar a gente marca alguma
coisa.

Bjs,

Adriana
segunda-feira, 12 de dezembro de 2005 21:00:42

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

OS GRUPOS DE TRABALHOS

MOMENTOS INESQUECÍVEIS DA FE 05 - GRUPOS DE TRABALHO

ROGÉRIO, ANA PAULA, GABRIELLA, JOÃO GABRIEL, JOSIANE, KAREN E LUANA

Imagine um grupo que contenham Rogério, Josy, Gabi, Karen, João Gabriel, Paulinha e Luana... (só as peças raras, rsrsrsrs). O Willys e o Luis só não estiveram porque nem matriculados estavam, rsrsrsr

As minhas apresentações de trabalhos na UnB sempre foram clássicas (algumas serão contadas aqui), porque todo mundo sabia como começava, mas não sabia como iria terminar. Veio daí uma das frases (que durante um tempo figurou na parede do Centro Acadêmico) que depois o Luís desvirtuou (como quase sempre ele faz com minhas frases, rsrsrs) e que se transformou na frase:


- SE EU SOUBESSE O QUE ESTAVA DIZENDO FALARIA POR MAIS DE MEIA HORA...

Reunir esta galera de novo vai ser uma trabalheira danada, mas fica o registro deste grupo de apresentação...

(3º SEMESTRE, AULA DE PPNE, MARÇO DE 2006)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

CAMINHOS...

... porque precisamos trilhar alguns caminhos, mesmo que não saibamos onde podemos chegar...

Caminhos II

Raul Seixas

Composição: Raul Seixas/Paulo Coelho/Eládio Gilbraz

Assim como
Todas as portas são diferentes
Aparentemente
Todos os caminhos são diferentes
Mas vão dar todos no mesmo lugar


Sim
O caminho do fogo é a água
Assim como
O caminho do barco é o porto
O caminho do sangue é o chicote

Assim como
O caminho de reto é o torto
O caminho do risco é o sucesso

Assim como
O caminho do acaso é a sorte
O caminho da dor é o amigo
O caminho da vida é a morte

Caminhos

Raul Seixas

Composição: Raul Seixas/Paulo Coelho


Caminho para a Faculdade de Educação - sentido FE>POSTINHO

Você me pergunta

Aonde eu quero chegar
Se há tantos caminhos na vida
E pouca esperança no ar
E até a gaivota que voa
Já tem seu caminho no ar

O caminho do fogo é a água
O caminho do barco é o porto
O do sangue é o chicote
O caminho do reto é o torto

O caminho do bruxo é a nuvem
O da nuvem é o espaço
O da luz é o túnel
O caminho da fera é o laço

O caminho da mão é o punhal
O do santo é o deserto
O do carro é o sinal
O do errado é o certo

O caminho do verde é o cinzento
O do amor é o destino
O do cesto é o cento
O caminho do velho é o menino

O da água é a sede
O caminho do frio é o inverno
O do peixe é a rede
O do vil é o inferno

O caminho do risco é o sucesso
O do acaso é a sorte
O da dor é o amigo
O caminho da vida é a morte!

"E você ainda me pergunta:
aonde é que eu quero chegar,
se há tantos caminhos na vida
e pouquíssima esperança no ar!
E até a gaivota que voa
já tem seu caminho no ar!"

O caminho do risco é o sucesso
O acaso é a sorte
O da dor é o amigo
O caminho da vida é a morte!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

BALADAS DE ASFALTO E OUTROS BLUES...

Nikolay, escolhandendo a próxima balada de asfalto

Pirenópolis, primeiro dia do ano. Houve um fim de tarde, estrada de terra, chuva de verão, amigos descontraídos e cansados pelo dia que tiveram. Trilha sonora do momento, Zeca Baleiro, CD-Líricas. Os pingos de chuva caiam ao som do violão de um cd acústico, alternando entre baladas de asfaltos e outros blues. Víamos raios de sol ao fim do caminho mesmo estando sobre um temporal...

Mesmo sendo a descrição de um momento que aconteceu no reveilon, diversas foram as ocasiões em que aconteceram caronas entre a UnB e a rodoviária do Plano Piloto. Marcantes como essas...